“Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que a sua família lesse. Você não contaria mentiras para a sua própria esposa. Não conte para a minha.” Quem disse essa célebre frase foi nada mais, nada menos, que o pai da propaganda, David Ogilvy. E o que ela tem a ver com copywriting? Bom, no decorrer deste artigo você verá que a premissa básica dessa técnica de escrita é a conversão. No entanto, você não pode sair por aí apelando a todo custo, não concorda? “Compre aqui”, “clique aqui”, “veja esse produto espetacular”. A graça está na possibilidade de trabalhar a conversão sem ficar jogando verbos no imperativo a todo momento.
E adivinha só o que esse texto vai trazer para você? Os recursos que têm tudo para garantir uma copy convincente! Além disso, vamos te mostrar o quanto essa técnica pode ser envolvente e incitar uma ação desejada. Então se ajeita na cadeira e boa leitura!
Entendendo mais a fundo o que é copywriting
A técnica do copywriting se baseia em, apenas com o direcionamento das palavras e com a ideia que você quer passar para o seu leitor, direcioná-lo para uma ação. Em outras palavras, é garantir com maior assertividade uma tomada de decisão favorável. Pode ser a venda direta de um produto ou serviço, acessar a home de um site ou mesmo ceder informações para o recebimento de um e-book.
Quer um exemplo para ficar mais claro? Então vamos a ele!
- Exemplo 1: Pensando em comprar uma piscina? Venha para a Empresa X! Aqui você encontra modelos de vários tamanhos e profundidades. Nunca foi tão fácil tornar seu sonho realidade! Está esperando o quê?
- Exemplo 2: Em busca de uma piscina para agregar beleza, qualidade de vida e bons momentos em família? Venha para a Empresa Y! Aqui nós fazemos o seu sonho se tornar realidade. Temos várias opções de tamanhos e profundidades de piscinas para garantir a segurança e conforto de quem você ama.
E aí, se você tivesse que escolher uma empresa para comprar a sua piscina, você iria em qual? Na X ou na Y? A gente arrisca dizer que muito provavelmente você simpatizou mais com a Y, certo? Isso porque ela não vende apenas uma piscina, ela passa valor, ela vende uma ideia, um conceito.
Ok, você pode estar se perguntando agora: “mas o que é importante se atentar na hora de produzir uma copy de maneira estratégica? Como conseguir unir informação e persuasão na medida certa?” Pois bem, caro leitor, veja as dicas que separamos para você logo abaixo:
O que não fazer em uma copy
1. Texto pobre
De maneira alguma produza um texto, seja ele qual for, sem revisar 2, 3 ou 4x. O perfeccionismo neste caso sempre será o seu melhor amigo. Além disso, se for possível, é uma ótima ideia uma pessoa de fora ler a sua produção. Isso ajuda muito para que erros de vírgula, concordância, erros gramaticais ou troca de letras, por exemplo, não passem despercebidos. Lembre-se que qualquer errinho tem grande chance de queimar o filme de uma empresa!
2. Não ter critérios
A gente disse, no começo deste artigo, que o marketing e a publicidade nos tempos de hoje não é exclusivamente só vender. É fundamental agregar valor, trazer informações, contextualizar. Mas claro, na medida certa. Não ter critérios sobre quais informações são mais importantes trazer para a sua persona, é um verdadeiro tiro no pé. Porque a chance do texto ter mais cara de conteúdo informativo do que um conteúdo para conversão vai ser gigantesca. E não é isso que a gente quer, não é mesmo?
3. Só falar do produto
O mesmo vale para uma copy que só fala de produto, produto, produto. “Frete grátis, não perca”, “compre 1 e leve 2”, “você precisa ter esse produto na sua casa.” Tá, a gente sabe que a empresa interage com a gente com a finalidade de nos vender algo, mas lembra do exemplo da piscina? Queremos comprar ideias, conceitos e não apenas um produto ou serviço. Logo, a humanização de um negócio tem feito cada vez mais a diferença na hora da conversão em vendas.
4. Abusar da informalidade
Uma gíria aqui outra acolá, ou mesmo um jargão para trazer proximidade com o público é uma estratégia bastante interessante. Quem é que não se identifica com alguém que interage da mesma maneira que a gente, não é? No entanto, se passa do ponto, além de muitas vezes ficar incompreensível para grande parcela dos leitores, também fica pedante. Sendo assim, ter noção dos limites e até onde pode ir é um dos grandes passos para produzir uma copy realmente convincente.
O que fazer em uma copy
1. Gatilhos mentais
Você sabia que as cores são um tipo de gatilho mental, né? Elas trazem certas sensações e certos inputs em nós. Usando alguns recursos na escrita, também podemos ficar mais instigados a realizar determinadas ações. Veja a seguir alguns exemplos de motivadores psicológicos:
- Reciprocidade: O ditado “dance conforme a música” traz um pouquinho do que significa esse gatilho. É basicamente a ideia de que se uma marca é de confiança e te oferece algo bacana, você se sente na necessidade de retribuir na mesma moeda. É tipo o “preencha esses dados para receber esse e-book completo sobre como dominar a arte de vender com competência.”
- Aprovação social: Corram aqui, influenciadores! Nós, seres humanos, não queremos ser cobaias. Por isso queremos ver comentários e experiências de outras pessoas em relação a um produto ou serviço antes de comprá-lo. Nós somos movidos pela vontade de compra quando vemos que a maioria das pessoas usam e recomendam aquilo que estamos com dúvida de adquirir.
- Afinidade: Com quem você mais gosta de bater papo? Com pessoas que têm mais ou menos o mesmo estilo que você ou com alguém que te olha torto e tem pinta de desconfiado? A resposta parece óbvia, né? Da mesma forma que será óbvio a preferência de uma pessoa na hora dela realizar uma compra. Porque ela sempre irá optar por aquela marca que segue os mesmos princípios que ela. Por isso que demonstrar empatia e criar um vínculo é tão importante. E aqui entra o conceito de Rapport.
- Autoridade: Trazer uma informação de fora que evidencia a excelência do seu produto ou serviço, faz com que a marca ganhe uma autoridade incontestável. Logo, poder evidenciar em uma copy pessoas conhecidas que apoiam uma empresa, utilizar cases de sucesso ou mesmo aspas, é uma grande garantia de que a marca atinja uma confiança maior frente aos seus consumidores.
- Escassez: “É só amanhã, é só amanhã mesmo no Magazine Luiza que você encontra…” Isso é um grande exemplo de gatilho de escassez. Deu para entender a pegada? É trazer a sensação de imediatez, de agora ou nunca, de “vai deixar essa ótima oportunidade passar?” Afinal, produtos limitados, que podem causar uma certa disputa, sempre são os mais desejados.
2. Títulos chamativos
Não é só de gatilhos mentais que vive um bom copywriting. Quer uma prova? Não adianta de nada o corpo do texto ser lindo e maravilhoso se ninguém ler porque simplesmente não simpatizou com o título. Julgar o livro pela capa acontece muito, infelizmente. Então, trazer um título provocativo, instigante e objetivo vai fazer toda diferença.
3. Criar conexão com o leitor
Escrever não é fácil, claramente requer muita prática. Uma vez que é preciso imaginar como o leitor vai reagir e se posicionar ao ler um determinado conteúdo. Mas um princípio muito válido dito por David Abbot, um grande redator publicitário, pode servir de inspiração para muitos redatores e copywriters: “use a sua vida para animar o seu copy. Se algo mexe com você, é provável que também toque outra pessoa.” Imagina usar isso para produzir storytellings fascinantes? Não esqueça: o ser humano é movido por histórias. Use isso a seu favor!
4. Escreva como você fala
Muitas pessoas acham que quando se fala em escrita é necessário sempre ser culto e cortês. Claro que bons modos nunca é demais. Só que escrever de maneira muito formal pode distanciar o público. É como se não houvesse muita verdade na marca e que manter a aparência é mais importante do que qualquer outra coisa. O que claramente não é assim que deve funcionar. Nem muito formal, nem muito informal. Entenda a maneira que a sua persona gostaria de ser lida.
Então guerreiro, aprendeu muito hoje? O que trouxemos aqui é só a pontinha do iceberg. O copywriting tem muito para ser descoberto, estudado e colocado em prática.
Uma última dica para terminar esse texto? Foca nos 3C’s para um copywriting de sucesso: claro, conciso e convincente.